31 julho 2005

Paris a 3 horas

Bragança está a apenas três horas de Paris. O aeródromo municipal já recebeu o primeiro voo internacional que permitiu a dezenas de emigrantes chegarem mais facilmente a Trás-os-Montes.(...)O preço da viagem ida e volta pode chegar aos 400 euros.

Notícia PJ

Freguesia em destaque: Marzagão (Luzelos)


escola de Luzelos

Luzelos sendo anexa de Marzagão tem beneficiado do facto de estar perto da vila. Por isso a povoação tem crescido e está quase ligada à vila.

À entrada tem um largo onde está a Escola Primária, e, a seguir uma rua com casas rurais transmontanas típicas, onde os locais gostam de se sentar à fresca nas cálidas noites de verão. Tem também a Igreja de Santo Amaro, que vale a pena observar e admirar.

As construções apresentam-se quase na totalidade em pedra e muitas com escadas exteriores terminando em alpendre ou varandas de madeira e lajes de granito.

29 julho 2005

A cadeira já tem dono (revisto)

Avisam-se todos os pretendentes à cadeira da coordenação do ensino recorrente em Carrazeda de Ansiães que ela já tem dono.
Ela pertence nada mais nada menos que ao presidente da Comissão Política Concelhia do PS. Esta é uma das cadeiras que tem servido de assento rotativamente a vários "boys" e conforme a rotatividade do poder - ora do PS ou do PSD. Ela tem sido motivo de lutas bem renhidas dentro de uma mesma hoste partidária e a ódios intensos e duradouros. Aqueles que têm boa memória lembrarão até algumas cisões dentro dos partidos.
Todos conhecemos os candidatos e os vários detentores do assento. São protagonizados pelos mesmos de sempre que tentam viver à sombra dos "tachos". São aqueles que dizem servir as causas públicas, mas tratam das suas vidas acumulando cargos e mordomias. São aqueles democratas que souberam criar teias de interesses e valem-se destas cadeiras para se perpetuar nos poderzinhos locais.
Esta é uma cadeira que permite um resfatelamento durante três ou quatro anos, o ano de permanência do partido no governo, sem qualquer consequência visível no panorama do ensino recorrente do concelho e que tem em mão a distribuição de uma meia dúzia, ou menos, de empregos.
O Partido Socialista local tem, até aqui andado à deriva, com uma comissão administrativa, sem direcção concelhia, e poder-se-á pensar que os pretendentes à liderança de última hora quereriam, mais que a organização do partido, um assentinho na cadeira? Que mais virá aí? Mas não deve ser verdade, pois as pessoas estão nos cargos partidários com as melhores das intenções, não o de servir-se a eles, mas às populações.
Esta cadeira não tem qualquer razão de ser, se não dar "jobs for the boys"!
Em Janeiro eu escrevia isto sobre a dança das cadeiras!

EFEMÉRIDE

"Fez hoje 10 anos que foi criado o metro de superfície de Mirandela.
A 28 de Julho de 1995, era entregue à empresa a exploração da linha entre a cidade do Tua e Carvalhais, numa distância de pouco mais de quatro quilómetros, como forma de evitar o encerramento daquele troço."
Notícia RBA

27 julho 2005

Polémica sobre a água

As várias cartas trocadas entre O Sr. Presidente da Câmara e o CDS/PP em bô, aqui!

Comentários curtos:
1. Em casa onde não há pão (água) todos ralham e ninguém tem razão.
2.Esta campanha promete. Espera-se que seja de discussão franca e não resvale para o insulto e a grosseria
3. Até há bem pouco tempo, os dois partidos estavam coligados na Assembleia Municipal e eis que, uma simples tomada de posição sobre a poupança da água fez estalar o verniz.
4. O acordo entre a Câmara Municipal e a empresa "Águas de Carrazeda, S.A." tem de ser bem esclarecido e todos os municipes têm o direito de saber as regras com "que se coseram".
5. No futuro, nada vai ser igual. O período de aceitação tácita de tudo o que seja decidido superiormente acabou. A contestação vai continuar e... há muitos outros a "pensar". Daqui em diante todas as tomadas de posição da Câmara vão ter uma posição crítica e talvez não sejam tomadas de ânimo leve pelos seus responsáveis. Veja-se o exemplo: primeiro proibe-se a utilização de água na construção civil e depois recua-se.
6. Governar é executar obra e tomar decisões e também dela dar conta aos munícipes.
7. Tudo isto poderia ser evitado se tivessem sido implementadas medidas de prevenção muito antes. tal como sugerimos no blog em princípios de Março. Tanta água se desperdiçou naquele ribeiro de Belver!

Se isto pega moda...

...e vão dois no distrito.
"Henrique Pedro foi demitido! Deixou de ser Vereador da Cultura, Desporto e Turismo na câmara de Mirandela. José Silvano mandou-o embora do município, uma semana depois deste o ter criticado publicamente. Henrique Pedro fez questão de classificar o autarca da cidade do Tua como mentiroso, alguém com quem não pode trabalhar, para além de o considerar incompetente."

25 julho 2005

A "guerra das palavras" com ... a água

O CDS-PP de Carrazeda de Ansiães não gostou da forma como o presidente da câmara respondeu à carta desta estrutura partidária, em que pretendia esclarecimento a diversas questões relacionadas com a água.

Na missiva presidencial, Eugénio de Castro respondia a algumas questões, desmentia informações e ironizava com a necessidade dos populares terem de estudar leis e regulamentos antes de questionarem sobre elas.

Por outro lado, a carta do presidente da câmara chamou ao comportamento do CDS-PP de panfletário, especulativo e mentiroso, criticando que a carta aberta dos populares dirigida ao autarca tenha chegado primeiro aos munícipes do que ao seu destinatário.

Em conferência de imprensa, o delegado de Carrazeda de Ansiães do CDS-PP, Nuno Carvalho, criticou o facto de o "correio electrónico da câmara não funcionar"(...)


Nuno Carvalho salienta que a resposta do edil demonstra que "não está habituado a críticas, mesmo quando construtivas". Por outro lado, a missiva "demonstra falta de consideração pelo CDS e pelo candidato à câmara", aponta, "pois temos o direito de ser informados do que se passa em Carrazeda".

O candidato do CDS à câmara, José Eduardo Martins, salientou os pontos que ainda continuam à espera de resposta, referindo-se, particularmente, à carta que a câmara enviou ao munícipes proibindo-os de utilizar água para diversos fins, com o objectivo de a poupar. Um deles tem a ver com as obras de construção civil. "O presidente não é dono da água e não pode lembrar-se de parar as obras; isso é ridículo", atirou. José Eduardo Martins nota, também, que o autarca "os insultou e não respondeu às questões".


(...)

Notícia Rádio Ansiães

24 julho 2005

Freguesia em destaque: Marzagão: (Ponte do Galego)




Ponte do Galego

Ponte em granito com dois arcos de volta perfeita e um tabuleiro plano. No seu aldo montante possui um talhamar de secção triangular que confere a esta estrutura um carácter mais monumental. O seu tabuleiro possui cerca de 24m de comprimento por 3,80m de largura e é precedido e antecedido por vestígios de uma calçada que poderá ter constituido um dos eixos viários que ligava o castelo de Ansiães com Arnal, estabelecendo-se a partir daqui a ligação ao Douro, nomeadamente à foz do rio Tua. A ponte do Galego, que permite a travessia da ribeira de Linhares, encontra-se ainda em bom estado, possui as respectivas guardas e um aparelho em excelentes condições de conservação.


Caracterização do IPPAR

23 julho 2005

Freguesia em destaque: Marzagão

Marzagão é o nome de uma povoação que é também freguesia, pertencendo ao concelho de Carrazeda de Ansiães, de cuja Vila dista cerca de 5 quilómetros.

Situada para Sul da sede de concelho, tem nas suas proximidades o Castelo de Ansiães, estendendo-se por um vale da sua encosta norte.

Foi cabeça de uma Comenda da Ordem de Cristo e Reitoria do Padroado Real. Claro que a vida administrativa esteve ligada à antiga Vila de Ansiães, cujo castelo está um pouco a sul de Marzagão, mas a pouco mais de quilómetro e meio.

Na própria Igreja está uma inscrição a assinalar a trasladação da que existiu extra muros do castelo de Ansiães, no ano de 1575, tendo sido reformada em 1765 quando era reitor o Dr. António de Sousa Pinto. As casas laterais foram mandadas fazer por ele em 1756.

Por outro lado a importância de Marzagão começa a consolidar-se com a decadência de Ansiães, embora em 1697, por ordem de 11 de Outubro, se determinava já que deviam ser pagos os mestres da ponte de Marzagão e Selores, Gonçalo Vaz de Carvalho e Domingos da Silva

Em 1864 tinha 162 fogos e 540 habitantes. Depois a sua população teve oscilações naturais, atingindo o número maior de pessoas residentes em 1950 com 789 habitantes.

Porém, a população nas últimas décadas tem diminuído com as migrações quer internas quer externas, na ânsia da procura de uma vida melhor.

Outrora havia 6 moinhos de água, principalmente no Ribeiro da Veiga que vai para Linhares e da Ponte da Veiga para baixo.

Como locais de visita os habitantes de Marzagão gostam de mostrar a Igreja Matriz, a Ponte Romana, as suas típicas casas, a Rua de S. João Baptista, a Fonte do Gricho, a Fonte Nova, a Fonte da Cagalheta, ou ainda a Capela de S. João.

A Ponte Romana, conhecida também pela Ponte do Galego, tem dois arcos românicos e é toda em lajes graníticas, apresentando uma leve curva à entrada sul. Está situada bem perto da aldeia, a norte desta e sobre o ribeiro, e dava ligação com a aldeia de Arnal e com a estrada para o Tua. A sua construção e aparência demonstram bem a importância que ali teve aquela via de comunicação.

À entrada da aldeia na estrada que vai de Carrazeda, fica o Largo da Igreja, com um coreto também. É o espaço mais importante da povoação, onde as pessoas se juntam aos domingos e feriados bem como nos tempos livres que têm, até porque ali vai ter a estrada que vem de Linhares, formando quase um ângulo recto à direita da que vem da vila e com esta.

Marzagão tem no seu termo algumas quintas, como a Quinta da Aveleira, a Quinta da Gricha e a Quinta da Manjafra. Tem também uma aldeia anexa, Luzelos.

Será defeito ou Virtude?

Foi recentemente transcrita, pelo Prof. José Alegre, uma expressão que terá sido usa por um Vereador da Câmara de Mirandela, em que este se referia ao Presidente José Silvano, considerando-o “ um mentiroso que não tem capacidade para gerir o Município.”
Concordo com José Alegre quando diz que esta afirmação requer mais esclarecimentos.
Assim decidi levantar algumas interrogações que se me puseram sobre a matéria e, aguardar o desenvolvimento, com consequente esclarecimento complementar.
As interrogações que coloco são as seguintes:
- Como será que se notam as características apontadas ao autarca?
- É possível dar exemplos para tornar mais fiável o que é dito?
- Será que estas características poderão ser consideradas, bons predicados de um político?
- Será que estes predicados têm sido decisivos no desempenho do autarca ao longo da sua já longa carreira?
- Será que os votantes neste autarca souberam sempre destas suas características?
- Será que quem faz os comentários ao autarca não é ele também um “ mentiroso” e “incapaz”?
Será que estas afirmações se destinam apenas a provocar polémica e a obrigar a desmentidos?
- Será que o Dr. Marques Mendes conhecia estes predicados do autarca, que se propõe a um novo mandato?
- Será que são as características, muito particulares, da nossa democracia que potenciam estes fenómenos?


Hélder de Carvalho

22 julho 2005


Piscina Municipal

Senhora da Graca em 24/02/2005

Com o calor sabe bem ver a neve...


Senhora da Graca em 24/02/2005

Menos benefício no Douro

"A região do Douro vai produzir este ano 120 mil pipas de vinho do Porto, o que corresponde a uma diminuição de seis mil pipas em relação à última vindima."
Notícia do PÚBLICO

Os meus Heróis

Gostava que me dessem notícias dos meus heróis.
Não sei se é pedir muito mas gostava que me ajudassem e me dessem notícias de um caso relativamente recente, que passo a descrever conforme me recordo do que me foi contado e que envolve os meus heróis.
Ates de começar a recordar o caso, começo por dizer que nem conheço os protagonistas mas, gostava de brevemente conhecer.
A história começa com a abertura de um concurso para a admissão de pessoal, feito pela nossa Câmara Municipal. Ao que parece concorreram duas pessoas deficientes, naturais do concelho e que depositavam grandes esperanças em serem seleccionados. Recordo aqui que a nossa C.M. ao contrário da generalidade das outras, não tem nos seus quadros qualquer deficiente (no sentido concreto do termo). Esta circunstância serve em meu entender para se ter uma ideia da atenção que é dada a este problema. Existem até incentivos e cotas que impõem e pressionam no sentido destas instituições darem atenção a este problema.
O facto é que no concurso realizado mais uma vez não se seleccionou nenhum deficiente. Não sei com que argumentos os dois deficientes em causa protestaram e decidiram levar o ser protesto às instituições superiores. O que eu sei é que é precisa muita coragem para enfrentar o sistema, e ele tiveram-na. Até ao momento não sei se algo resultou das suas decisões. Se alguém souber que me diga pois estou curioso em saber novas dos meus heróis.
O importante para eles não será serem considerados heróis, que lutam contra o mal mas antes conseguir trabalho para se realizarem. Por isso e correndo o risco de os perder como heróis, deixo-lhes aqui uma sugestão de reformulação da estratégia adoptada, para atingirem o pretendido. Tendo por base as sondagens deste Blog e embora em contradição, mostrem a vossa competência, vão para o terreno e apoiem o candidato mais votado.


Hélder de Carvalho

21 julho 2005

Adivinhas

Quem é o ministro que chocou com um comboio de alta velocidade que nem sequer existe?

Quem é quem é que está de parabéns por ir receber 100% de salário e 100% de reforma?

Descubra uma das duas e conhecerá o nosso personagem.

Indo eu... (2)

... por esses lados de Foz-Tua, eis quando olho para o rio junto dos restos do cais ali erigido pela Câmara Municipal.
Dou comigo a matutar e recordo os meses em que homens, máquinas e materiais se empenharam na construção deste cais que, pomposamente seria a grande porta de entrada fluvial do concelho onde as grandes embarcações poderiam aportar para carregar e escoar muitos dos produtos da nossa terra, nomeadamente o granito. Isto, sem tirar nem pôr, nos foi confidenciado pelo senhor Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães da altura.
Cerca de uma dezena de anos passados, a água tudo levou e com ela muito dinheiro que era de todos nós e tanta falta nos faria para preparar infra-estruturas bem necessárias ao nosso desenvolvimento comum.
Meditabundo dou comigo a cismar: com tanta gente iluminada na gestão do município, não seria fácil de prever uma qualquer cheia traria como consequência esse resultado?
A parte metálica do cais só pararia, com a força da enxurrada, junto da barragem da Régua. Recordo, alguém me confidenciar, em tom irónico, que a suas expensas ter providenciado o transporte da infra-estrutura e assim a transformar num cais privado, onde ainda hoje se encontra, junto da localidade do Tua, já que ninguém de direito se importou com o facto.


Alargo o horizonte da minha memória e lembro a série de casas e casinhas edificadas, na zona Poente da Zona Oficinal e Artesanal de Carrazeda de Ansiães, com o propósito de substituir a indústria de pirotecnia sita, a norte, no alinhamento da construção da Variante à vila e que impedia a continuação da obra.
O proprietário desta indústria apregoava aos quatro ventos, nada saber dos intentos do município e de ninguém com ele ter feito qualquer acordo. Resultado, os trabalhos da variante tropeçaram na dita e dali não passaram.
O novo casario de suporte é um amontoado de ruínas, sem tecto, que nem à comunidade cigana, que perto habita, serve de abrigo.
Muitos milhares de contos gastos sem qualquer proveito e que poderiam...


À minha lembrança, de há uma boa dezena de anos, acorre a imagem de uma retro-escavadora privada, ao serviço da autarquia, que durante longos dias efectuou trabalhos para construir um canal na albufeira da barragem da Fontelonga, quando esta se encontrava numa quota quase máxima.
Objectivo: criar uma ilha que serviria de protecção a alguns animais, nomeadamente patos selvagens, para procriarem e estarem a salvo de eventuais agressores.
Quem hoje olha a barragem sem água, a tentativa da criação da ilha afigura-se completamente ridícula e despropositada.


Muito dinheiro gasto, de todos nós, obedecendo a simples "caprichos" ou a mau planeamento e que poderiam ter sido gastos...


Recordo ainda a despesa no Mercado Municipal que se transformou num fantasma e numa inutilidade assustadora.
E que dizer do Parque de Merendas da Fontelonga? Do novo Cemitério?... O futuro dar-lhes-á verdadeira utilidade que compense os investimentos realizados?
Os dinheiros públicos são parcos e mais difíceis de obter e a sua utilização deverá, cada vez mais, obedecer a critérios rigorosos.
São estes temas que têm que merecer uma reflexão pública e consensualizada, de modo a evitar novos caprichos e novas obras sem qualquer utilidade.
Por que não começar já nesta campanha eleitoral?

Vereador ataca José Silvano

"Um mentiroso, que não tem capacidade para gerir o município!" Uma história pouco edificante e não totalmente esclarecida, aqui!

BRAGANÇA homenageia Paulo Quintela

Quem foi PAULO QUINTELA?

Nasceu em Bragança a 24 de Dezembro de 1905. È filho do pedreiro Agostinho Paulino P. Quintela e da padeira Abília do Carmo V. Granjo.
Frequentou a Escola Primária, e o Liceu.
Matricula-se em Coimbra na Faculdade de Letras onde tira o Curso de Filologia Germânica. Prestou provas de Doutoramento e foi classificado com 19 valores. Torna-se especialista em estudos germânicos e em Filosofia Moderna. Torna-se um estudioso da obra de Gil Vicente tendo por tal facto, dado um grande contributo para a renovação do teatro vicentino.

“Homem de corpo inteiro - disse. E é essa imagem que se nos impõe: a de uma figura integra, cuja dignidade e coragem não sofrem mácula e ao longo dos anos tem mantido sempre viva e inalterável a sua posição de cidadão, docente e intelectual, servindo o povo português e uma cultura verdadeiramente portuguesa, pugnando pelos valores mais altos da liberdade e da justiça”.
“ A bibliografia de Paulo Quintela inclui mais de seis dezenas de títulos, não contando É com colaborações dispersas em várias publicações…”. de sua direcção a colecção de textos dramáticos”O Grande Teatro do Mundo”.

Da biografia de Paulo Quintela realizada por Cristóvão de Aguiar retiro este estrato:
-“… Encaminhei a conversa para Bragança, a espicaçá-lo. Então assisti ao desfazer da meada do tempo, e o velho mestre falou. Falou das dificuldades e amargos de boca por que passaram os pais – ele artífice da pedra; ela (a sua sombra), cuidando da lida da casa e cozendo pão para fora – , por via de poderem encaminhar dez filhos ( “chegámos a ser doze à mesa”) nas veredas do mundo. E muito boa conta deram do recado. Só que em questões de educação o pai era severo e rijo. Podia sê-lo, outros eram os tempos. E sempre que algum dos filhos lhe saía do rego traçado, que tivesse santa paciência – era chamado à origem, o que queria dizer que o punha a trabalhar no seu ofício de pedreiro. E como dar serventia a pedreiros não era guloseima que agradasse ao paladar, suplicava para retornar aos estudos, animado de uma fé de ir tão longe quanto a energia anímica desse…”

Fica assim apontado o perfil desta Figura. Como se pode comprovar não é exemplo para ninguém. Quem neste país e na actualidade estaria capaz de fazer estes sacrifícios pela sua formação e realização?
É por isso que se não entende que uma Escola de Bragança o tenha escolhido para seu patrono e lhe tenha dedicado uma grande homenagem, recentemente. Isto mesmo terão pensado os escribas dos Jornais Nacionais deste país, pois nem uma palavra li sobre a homenagem feita.
É provável que Paulo Quintela no “ Céu dos que não morrem” tivesse agradecido este gesto. Ele não teria gostado de aparecer como notícia, na mesma página em que se fala do desaparecimento do cãozinho, da morte da bezerra ou da transferência da estrela do futebol.



Hélder de Carvalho

20 julho 2005

Indo eu...

Indo eu... indo eu...
por estradas, caminhos e veredas deste nosso cantinho pejado de montes e vales, dou comigo num dos locais bonitos deste concelho - Foz-Tua.
Olho a paisagem deslumbrante. O rio Douro de um azul escuro brilhante, apertado no vale - "nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro", diz Torga. Ao mesmo tempo do curso de água emana uma grande tranquilidade a quem o observa, emoldurado de uma obra colossal realizado pelo homem ao longo dos séculos, feita de vinhedos em socalcos, ou em declive que desafia as leis da natureza, como é a plantação da Real Companhia Velha na margem esquerda. A localidade de Foz-Tua é um daqueles locais únicos onde se juntam um conjunto de factores que as tornam únicas: a paisagem do Alto Douro Vinhateiro, a foz do rio Tua, duas linhas férreas que são também história dos caminhos de ferro portugueses, um povoado tradicional adaptado ao rio e dele vivendo. Um espectáculo dos sentidos: vistas, cheiros, sabores, muito silêncio...
O Tua como todos lhe chamamos é um dos locais emblemáticos por onde deve passar o nosso desenvolvimento...
(continua)

Qual será o mais bonito?

A ideia de sujeitar, neste Blog, á votação, os nossos candidatos á Câmara Municipal nas próximas eleições, pareceu-me uma ideia pertinente e, pelos vistos com resultados concludentes.
Agora, em meu entender poderia evoluir-se para inquirir os participantes sobre os predicados que valorizam mais nos candidatos e que, determinam a sua votação.
O Blog poderia dar uma ajuda enumerando alguns desses predicados e os participantes só teriam que votar os que valorizam mais.

Sugerem-se alguns dos itens a considerar:

-Qual dos candidatos tem mais “pose de Estado”?
- Qual dos candidatos tem mais “dom de palavra”?
- Qual dos candidatos tem um sorriso mais matreiro?
- Qual dos candidatos tem um “ar mais sério e bem intencionado”?
- Qual dos candidatos tem um humor mais inteligente e é mais erudito no gracejo? - Qual dos candidatos é mais culto e letrado?
- Qual dos candidatos tem um currículo ideológico mais sólido?
- Qual dos candidatos tem um corpo mais varonil e mais esperança de vida?
- Qual dos candidatos tem melhor estilo e perfil para a fotografia?
- Qual dos candidatos é mais viajado e mais mundano?
- Qual dos candidatos tem melhor “pé de dança”?
- Qual dos candidatos percebe mais de construção civil?
- Qual dos candidatos tem mais gosto na escolha dos fatos e gravatas?

Se esta ideia avançar teremos depois de dar um desconto ao candidato que se recandidata. Efectivamente ele parte em vantagem pois, já são mais públicas as suas virtudes e possíveis defeitos, que as dos outros.

È verdade que não foram consideradas outras características como sejam, capacidade de trabalho, capacidade de planeamento e gestão, sentido ético, criatividade, inovação, experiência, disponibilidade para servir, capacidade para criar consensos, ousadia, etc. A prática do passado provou que estes predicados são ignorados ou de escassa importância, pelo que não contam na decisão de votar.


Hélder de Carvalho

19 julho 2005

Suspeita de fraude em exames de Bragança

Catorze alunos da Escola Secundária Abade Baçal, em Bragança, são suspeitos de terem cometido fraude no exame nacional de Matemática do 12.º ano. O caso está a ser investigado pela Inspecção-Geral de Educação (IGE).

Em causa está o primeiro grupo de questões do exame, de escolha múltipla, que pelo seu formato poderá ter levado os alunos a combinar um código entre eles a fim de partilharem as respostas.

Pergunto: Como se poderá provar se houve fraude? Se há testemunhas, elas já deveriam ter deposto. Haverá imagens gravadas dos exames a decorrer? Um caso difícil!

Há sempre uma Solução

Os pensadores deste país consideram agora que o Sr. Primeiro-ministro não está a conseguir fazer passar a mensagem. Tanto quanto posso deduzir tratar-se-á de fazer passar a mensagem da austeridade, do rigor e de, mais trabalho e melhor produtividade.
Lembrei-me de lhe fazer algumas sugestões e de as sujeitar ao escrutínio dos leitores deste Blog.
A ideia já tem mais de dois mil anos. Trata-se de lhe sugerir a estratégia de fazer passar a mensagem, usada por Jesus Cristo. Este procurava as multidões, apresentava-se e fazia o seu discurso, pelos vistos com reconhecido sucesso.
Embora a mensagem seja diferente, a ideia é pois a de propor ao nosso Primeiro que procure as multidões e lhes transmita a sua palavra. De momento julgo que conseguirá encontrar multidões na zona do litoral algarvio, nas festas e romarias que existem por todo o país, nos festivais de música rock, nos desfiles de “moda – verão”, no nordeste brasileiro, em zonas de veraneio de Cuba ou golfo do México e um pouco mais prá frente, nos campos de futebol.
Estou muito confiante relativamente ao sucesso destas sugestões. Contudo se não resultarem e antes de desistir deixo a sugestão ao nosso Primeiro para que converse com o nosso Engenheiro António Guterres que emigrou e é agora comissário para os desvalidos e refugiados. Pode ser que ali consiga algum apoio para ajudar os desgraçados do seu país.
Neste caso nem era preciso fazer passar qualquer mensagem.


Hélder de Carvalho

O baile dos incêndios

Acompanho á distância a polémica neste blog, sobre os últimos incêndios na Lavandeira e sobre o seu combate.
Trago para esta questão uma consequência positiva.
É que, não fora ter acontecido tal calamidade e não tinha sido possível observar uma fotografia excepcional, reproduzida no JN de 13 de Julho.
Não se salvou a floresta mas salvou-se aquela imagem que me retratou de forma soberba um momento de excepção, da catástrofe que aconteceu. A imagem obtida pelo nosso Leonel de Castro condensa em si toda a tensão vivida na catástrofe e a grandeza e dignidade do Homem que há-de superá-la.

Parabéns ao Leonel pelas superiores qualidades de artista observador e atento ao momento que passa.

Hélder de Carvalho

18 julho 2005

Não diria melhor!

O nosso centro do mundo noticioso são as férias em Cancun prejudicadas por um malvado ciclone.

Aplausos...

... para a rápida recuperação de um equipamento de uma estação do circuito de manutenção sito no "Parque Verde" anexo à Piscina Municipal de Carrazeda de Ansiães.

Para combater este tipo de actos, para além de outros, como punir exemplarmente os culpados, há os seguintes remédios: vigilância de cada um para com equipamentos que nos são comuns e nos saem a todos do bolso, o que implica chamar atenção a quem estraga ou indiciar às autoridades competentes e sem medos, infracções testemunhadas. Por outro lado, rapidamente, repor os estragos para que eles não se amontoem e dêem a ideia de incúria e desleixo de quem os superintende.

Há três dias, deparámos com esta destruição fruto de um vandalismo gratuito e inqualificável. Hoje já estava consertado. Parabéns ao município!

Procura-se um exemplo singular

Fica bem, e faço-o com muito prazer, louvar as pessoas que o merecem.
Neste caso o louvor vai para um dos animadores deste Blog que se dá ao cuidado de ser meu amigo.
Ao concluir o seu Curso Superior de Escultura, Pela Universidade do Porto, o Paulo Jorge dos Santos Moura acabou, para além da competência e trabalho demonstrados, por nos dar um exemplo de perseverança e de crer que hoje, é pouco comum para os nossos lados.
Fui conhecedor do esforço e privações por que teve de passar para obter um “canudo” que, outras circunstâncias, lhe teriam trazido ainda melhores resultados e conhecimentos.
Ao olhar par este exemplo, penso noutros casos que, por falta de meios, muitas vezes económicos, pelo distanciamento dos centros de aprendizagem, pela sobrecarga das responsabilidades familiares, não conseguem potenciar as suas aptidões.
Sempre considerei que as Autarquias poderiam, no seu âmbito, desempenhar papéis de relevo no apoio à resolução de problemas destes, negociando incentivos financeiros, propondo protocolos de trabalho ou criando bolsas de estudo. É uma questão de prioridades. Em vez das excursões, das despesas de representação, dos jantares sociais e de solidarieadade, das festas com contratações dos “pimbas”, das compras dos “topo de gama”, das “obras das fachadas”, dos jardins floridos, dos repuxos iluminados, dos parques de merendas, da iluminação dos marcos geodésicos e capelas e capelinhas, etc. o dinheiro podia ir para a formação das pessoas. É evidente que poucos concordarão comigo. Por isso e pelo que eu sei, o Paulo Moura já está preparado para subsistir na sua terra, com a certeza de que esta sabe bem ser madrasta para os seus. Ele já sabe que não será ali que encontrará reconhecimento pelo seu trabalho. Ele já sabe que terá de se confrontar com os “lambões” do costume, com os mendicantes, especialistas na lamechice e bajulação e com os oportunistas que não precisam de provar a sua competência.
É, pois, com sinceridade que lhe desejo redobradas felicidades.
E, se por um esforço denodado, conseguir realizar-se e singrar no lodaçal, sem se deixar conspurcar, ficará então para mim como exemplo singular.


Hélder de Carvalho

82 marcas

"O concelho de Vila Flor já é detentor de 82 marcas de vinhos, azeite, queijos, águas e mel. Os números foram divulgados a propósito da realização da Terra Flor 2005 - Feira Regional de Produtos e Sabores, que decorreu em Vila Flor entre 14 e 17 de Julho."
Notícia CP

17 julho 2005

Carne de ovelha

"A carne de ovelha churra da Terra Quente pode regressar em força aos pratos transmontanos.

Este é, pelo menos, o objectivo da organização da terceira edição da TerraFlor, que vai colocar nas mãos do chefe Michel a confecção ao vivo de ovino churro-espeto e ovino churro-perna com arroz de pingo.
"
Notícia CP

16 julho 2005

As pipas do Mogo

Uma reportagem do "Mensageiro de Bragança" a não perder aqui

E esta?

"A GNR de Vila Real deteve, anteontem, na aldeia de Magarelos, em Mouçós (Vila Real), um homem de 27 anos indiciado pelo tráfico de liamba e plantação de cannabis, que estava dissimulada num campo de milho.

Durante a operação, as autoridades encontraram, nas traseiras de uma habitação, misturados num campo de milho, um total de 154 pés de cannabis.
"
Notícia JN

Fogo na Lavandeira

"O fogo continua a não dar tréguas. Depois de uma aparente acalmia, durante a manhã de ontem, o inferno voltou. Foi o que aconteceu com a população de Lavandeira, Carrazeda de Ansiães, que anda há seis dias com o coração nas mãos, devido a sucessivos incêndios. Ontem, a seguir ao almoço, o fogo voltou a reduzir a cinza vários hectares de pinhal e mata, destruindo sobreiros, vinha, olival e amendoal.

Um armazém agrícola, numa vinha, ardeu e uma casa em construção esteve em perigo. O proprietário desta última, Fernando Rodrigues, lembra que tinha lá homens a trabalhar nas obras, mas "tiveram de fugir se não ficam lá assados", tal a violência das chamas. A casa não chegou a ser atingida, mas duas paletas de cerâmica "ficaram destruídas". Fernando soma 2500 euros de prejuízo na cerâmica e 5000 euros nos pinheiros que arderam.

Um pouco depois, foi este emigrante no Canadá que acabou por salvar uma pequena habitação, perto da sua, que o fogo já andava a consumir traiçoeiramente.
"
Notícia JN

Polémica: bombeiros

enquanto os bombeiros receberem conforme a área ardida, não há meios modernos que apaguem incêndios
(atento)


o teu nick devia ser "distraído", talvez um dia te sintas na obrigação de agradecer a algum bombeiro ... está mais atento!
(3x9=27)

já agradeci várias vezes aos bombeiros, e vou continuar a fazê-lo, nas acções que sejam de louvar, mas quando alguma coisa correr menos bem vou estar muito atento.
(atento)

É, no mínimo estranho, que de um momento para o outro o número de bombeiros, em Carrazeda, subisse para cerca de 80 voluntários, sem que este acréscimo tivesse reflexo na eficácia do combate aos incêndios. Ah!? talvez este aumento de voluntários tenha muito a ver com os privilégios daí decorrentes, entre eles, antecipação da reforma, isenção de pagamento de taxas no Centro de Saúde, etc. Graças, que no meio do joio, haja muita gente valorosa e abnegada.
(José Mesquita)

Mais regadio na Vilariça

"Vinte e seis milhões de euros vão ser investidos no regadio da Vilariça.
A garantia foi dada esta quinta-feira em Vila Flor pelo secretário de estado da agricultura.

Já foi lançado o concurso público para o bloco sul.

Já foi adjudicada a construção das barragens do Arco e Ribeiro Grande .
Infra-estruturas que o Governo entende que vão desenvolver a actividade agrícola na região aumentando a competitividade e a qualidade dos produtos produzidos.
A notícia foi recebida com entusiasmo pelos agricultores.
Mas o presidente da junta de agricultores da Vilariça alerta que as obras não podem tardar dado que a água disponível para rega não é suficiente.

Este ano, 90% das culturas podem estar ameaçadas pela seca, sobretudo no sector da fruticultura."
Notícia RBA

Freguesia em destaque: Linhares (Arnal)

capela de Arnal

Arnal é anexa de Linhares. Aldeia aconchegada e abrigada pelo monte onde se situa o seu Santuário. É um aglomerado de habitações à volta de uma bonita e rústica Capela. Aqui há um Largo que lhe chamam Largo da Capela ou Dr. João Baptista Borges Monteiro, com um Coreto e um Fontanário. À entrada de Arnal há um nicho, um lavadouro a seguir, e uma fonte de parede.

As casas são bem típicas com escadas e patamares exteriores, bem como largas varandas.

Para visitar Arnal não é preciso grande esforço, e tem até uma festa de arromba, muito concorrida, que é a Festa da Nossa Senhora da Paixão a 8 de Setembro, a par da Sta Eufémia, na lavandeira, é das poucas festas fixas do concelho.

Pensar dos leitores: A importância do “Pato Bravo” para o equilíbrio cinegético do Concelho de Carrazeda de Ansiães (Capitulo I)

Esta história que lhes vou contar deve estar muito próxima da realidade.
Um dia recente, um engenheiro da Câmara, passou na Rua da Capela na Freguesia do Pombal e pensou: - “Isto aqui ficava mais típico se, em vez de estar em asfalto, tivesse paralelos”.
Há então que propor a realização de um concurso para substituir o pavimento.
Concurso feito, concurso ganho por empreiteira da terra, pelo preço mais singelo (30.000 contos).
Feitas as contas, dava para sub empreitar a uma empresa mais eficaz e ganhar assim algum dinheiro, de mãos no bolso.
Começa a obra que tem de ser rápida pois aproxima-se a campanha eleitoral. É então que, já no fim da obra se constata que as casas com portas para a rua irão meter mais água, porque a rua teve de subir ao levar o paralelo. Embarga-se a obra e inicia-se a tarefa de encontrar os responsáveis. Por esta altura já ninguém consegue saber quando acabarão as obras, por que preço e quem o fará.
Presume-se que os fiscais já terão ido de férias bem como os restantes responsáveis. Só resta para carpir as mágoas o Presidente da Junta de Freguesia que, por sinal, nem é concorrente na campanha o que não ajuda na resolução das coisas.

Estas decisões a mim só me dão alento. Convencem-me de que o País afinal não está assim tão mal pois ainda há dinheiro para dar trabalho aos nossos calceteiros a embelezar as nossas aldeias.

Concluía convidando os nossos leitores para um desafio que era o de contabilizarem o número de “Patos Bravos” que é possível detectar nesta história.
Hélder de Carvalho

Vila Flor: agricultores boicotam secretário de Estado

Boicote ao secretário de estado da agricultura.

Esta quinta-feira o governante participou nas palestras sobre o tema do azeite em Vila Flor, mas os agricultores não ouviram o que tinha para dizer.

Retiraram-se da sala em sinal de protesto quando Luís Vieira se preparava para começar a intervenção.
A contestação estava relacionada com a suspensão do programa Agris.
É que os homens da terra candidataram-se a benefícios.

Os projectos chegaram a ser aprovados, realizaram os investimentos, mas não receberam o dinheiro.
Notícia RBA

Pensar dos leitores: Na necrologia não consta nada

Quando consulto nos jornais a página de necrologia, procuro sempre ver se lá encontro a notícia do desaparecimento de alguns dos Deputados do nosso Distrito.
È tal a ausência de conhecimento que tenho deles que, chego a pensar que possam ter “morrido em combate”. Por isso foi com imensa alegria que soube a notícia recente da diligência feita por um deles a favor do nosso Concelho. Tratou-se precisamente da apresentação da proposta, pelo Sr. Deputado Adão e Silva, da anexação da aldeia de Luzelos á Freguesia de Carrazeda de Ansiães.
Todos temos a ideia, da suprema importância de tal acto, para a melhor realização e o bem-estar das populações abrangidas. È provável que, perante alguns problemas, quiçá menos importantes, que infelizmente vêem decorrendo no nosso Concelho, como sejam a seca, os incêndios e o isolamento, consigamos ainda ver os nossos Deputados envolvidos na sua resolução.
Para quem quiser ter o prazer de lhes tocar e os ver pessoalmente, vai ter de esperar pela próxima campanha eleitoral que se aproxima e que, estou certo começará já com as nossas típicas Festas de Verão.

Devo acrescentar que por razões de ordem legal, dado que resido na cidade do Porto sou um eleitor inscrito neste Distrito. O facto de em nada ter contribuído para a eleição dos Deputados do Distrito onde nasci não me retira o direito de lhes exigir que cumpram bem o seu papel, em prol das populações que os elegeram e lhes paga.
Hélder de Carvalho

14 julho 2005

13 julho 2005

Incredulidades

Há quatro dias grassa um incêndio lá para os lados da Lavandeira, Beira Grande e Marzagão. São muitos os bombeiros e os meios empregues no combate ao fogo. Entre eles um helicóptero e uma avioneta. Quase assisti ao seu início na encosta da Lavandeira no pretérito domingo. Pouco faltava para se extinguir. .. Novos reacendimentos e quiçá pouco empenhamento. Quatro dias passados e muita área ardida perante uma visível passividade de todos nós. Recordo nos meus tempos de criança quando um incêndio era uma verdadeira desgraça e contava com o empenhamento de todos para o debelar. Ninguém descansava até ser extinto. Quatro dias volvidos e nem os modernos meios lhe fazem frente. Algo vai mal...

12 julho 2005

Homenagem ao Francisco

Francisco era o nome do jovem de etnia cigana que ontem foi encontrado sem vida numa das ruas da Zona Oficinal e Artesanal de Carrazeda de Ansiães. Era membro de uma família que atingia as duas dezenas de irmãos, todos criados na mendicidade, “à balda”, obedecendo às mais primitivas leis da natureza - a de quem é rijo, é que se safa. Aprendeu nas malhas da miséria a lei do desenrasque de forma a sobreviver: mostrava uma cara de verdadeira necessidade e de "desgraçado da vida" sempre que estendia a mão para a esmola. Era difícil olhá-lo nos olhos e resistir.
Orgulhava-se da égua da família e o nascimento de um potro era o acontecimento mais importante da sua vida. Garboso cavalgava-a pelas ruas da vila, ou segurava as rédeas, sentado na carroça, como se soubesse gritar a expressão ouvida no filme "I`m the King of the world!"
Na escola, Francisco era a simplicidade em pessoa, sempre de aspecto andrajoso, sujo e de "ranho" comprido a sair-lhe do nariz, gaguejava monossílabos se interrogado e, embora só se se pudesse aproximar dele tapando o nariz, tal era o cheiro nauseabundo que exalava, despertava a simpatia de todos. As horas mais felizes eram as do recreio: tomava-se o leite escolar e respirava-se o ar da liberdade.
Festejava os sucessos com uma alegria genuína esticando bem o peito para fora e sorrindo de boca escancarada. Reagia às pequenas injustiças, as que compreendia, de modo exuberante, profundamente sentido: emudecia fulo ou manifestava-se através de poucas palavras esticando bem o dedo acusatório. Em caso de alguma maldade, se era chamado à atenção, baixava a cabeça envergonhado ou então encolhia os ombros em tom de desafio.
Conseguiu aprender a desenhar e a conhecer todas as letras, porém juntar mais que duas revelou-se uma tarefa impossível. Talvez nunca tivesse sentido também muito interesse em aprender a ler, pois o seu mundo se bastava à barraca, aos cavalos, a um bocado de pão e a muita liberdade.
Filho da miséria e do desleixo social encontrou a morte de uma forma miserável. Francisco era de todos os mortais que conheci o que menos merecia esta “sorte madrasta”.

Como é possível?
Como é que numa sociedade que se diz evoluída, ainda encontramos uma comunidade a viver em condições tão miseráveis como a de etnia cigana em Carrazeda?
Que belo tema para tratar nesta campanha eleitoral!
Não será este o papel mais nobre dos políticos e dos responsáveis das instituições de solidariedade social, o de resolver os problemas dos mais necessitados?

Cigano encontrado morto poderá ter sido assassinado

"Francisco Baptista, um jovem de étnica cigana, com cerca de 20 anos, foi encontrado morto por familiares, ontem de manhã, na zona industrial de Carrazeda de Ansiães.

Segundo apurámos, o indivíduo apresentava diversos ferimentos, presumivelmente causados por uma arma branca. A GNR tomou conta da ocorrência, que reencaminhou para a Polícia Judiciária, ficando toda a investigação por sua conta.

Manuel Baptista é irmão da vítima. À Rádio Ansiães relatou que encontraram o corpo depois de uma senhora o ter avisado para a existência de um corpo de uma pessoa de etnia cigana prostrado nas traseiras de uma empresa de granitos. "Ontem já não foi dormir ao acampamento", recorda. Apesar de tudo, tal situação não terá levantado muita preocupação.

A comunidade cigana de Carrazeda de Ansiães está, naturalmente, consternada com esta morte, pois, segundo Manuel Baptista, "é a primeira vez que ocorre uma situação com estas características". Chocado, sublinha que o irmão "não fazia mal a uma mosca", não conseguindo descortinar que motivações poderão estar por trás do que considerou tratar-se de "homicídio". "Dinheiro não trazia, pelo que não sei o que terá levado alguém a matar o rapaz", sublinhou.

Todos os habitantes do acampamento cigano observaram de perto a peritagem da PJ. A mãe do Francisco, Maria do Céu, chorava a morte do filho, lembrando que há uns dias atrás ele se queixara de "ter levado umas bofetadas" de um indivíduo residente uma aldeia próxima. Desconhece, no entanto, que relação haverá entre os dois acontecimentos."


Notícia Rádio Ansiâes

As escolas a fechar no distrito

Nove escolas do primeiro ciclo vão encerrar este ano no distrito.

Quase uma dezena de escolas primárias fecham portas no próximo ano lectivo, por falta de alunos.

Com apenas um aluno mantêm-se ainda 22 escolas em todo o distrito.

11 julho 2005

GNR fecha cavalo branco

Continua a purificação da noite no distrito de Bragança.
Mais uma casa de alterne fechou as portas, este fim-de-semana, em Vila Flor.

"Numa operação, a GNR deteve 25 pessoas e apreendeu diverso material relacionado com a prática da prostituição, naquele estabelecimento nocturno.

Foram detidos; o proprietário do bar Cavalo Branco, um funcionário, vinte jovens brasileiras que estão em situação ilegal e três indivíduos, também de nacionalidade brasileira, pelos mesmo motivo.
Para além disso, na rusga efectuada no bar e em caso do proprietário foram apreendidos vários documentos, material informático, duas pistolas ilegais, vários milhares de euros e artigos relacionados com a prática da prostituição.
A operação foi levada a cabo entre as 23 horas de sábado e o meio-dia de ontem.
Os 25 detidos devem ser presentes esta manhã no tribunal de Vila Flor.

Esta operação surge na sequência de um inquérito no tribunal local, sobre a actividade que é desenvolvida no estabelecimento de diversão nocturna."

Notícia RBA

Controlo do Douro

"Os estrangeiros controlam, neste momento, 20% da produção própria da Região Demarcada do Douro - referência avançada ao JN pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Trata-se de um movimento que tem vindo a crescer ao longo dos últimos 10-15 anos, com destaque para os espanhóis, que já representam 5% da produção (7500 pipas/ano), com tendência para aumentar, devido ao investimento que estão a fazer, sobretudo na restruturação da vinha para vinhos de mesa."

in JN

Freguesia em destaque - Linhares (Campelos)


capela de Campelos


Campelos é também anexa da freguesia de Linhares. Tem um largo onde está a Capela de Santo Apolinário, um café e um Coreto para as festas. É ali que se juntam nos domingos e feriados, ou à noite depois dos trabalhos, não só para descansarem mas para conversarem sobre os assuntos que lhes dão mais interesse.
Em Campelos são o azeite, o vinho e a amêndoa que dão também maior incentivo económico para as suas gentes.

10 julho 2005

Revidouro

Revidouro 2005 – Feira de Vinhos e Gastronomia
14 a 17 Julho/05 – Alijó

PROGRAMA
Quinta-feira, 14 de Julho
Abertura

17:00H – Abertura do Certame com a presençã de membros do Governo
(a anteceder esta abertura haverá uma arruada feita pelos Zés Pereiras)

17:30H – Largada de Pára-quedistas na zona da Feira

19:00H – Abertura da Prova de Vinhos orientada por um escanção

21:00H – Abertura do Espaço de Animação da Feira

22:00H – Espectáculo Musical com os “Clã”
Local: Palco montado no recinto da feira


Sexta-feira, 15 de Julho
(dia da caça)

06:00H – Largada de Perdiz e Faisão
Local: Campo de tiro do “Clube Caça e Pesca de Alijó”

15:00H – Reabertura da Feira

15:30H – Abertura da Exposição/Mostra de “Caça Maior”
Local: Jardim Dr. Matos Cordeiro

16:00H – Jornadas Técnicas

16:00H – Reabertura do Espaço de Animação da Feira

17:30H – Reabertura do Espaço de Prova de Vinhos orientada por um escanção.

18:00H – Concerto por uma Banda de Música
Local: Recinto da Feira

22:00H – Noite de Fados, com o espectáculo “Alexandra recorda Amália”
Local: Palco montado no recinto da feira


Sábado, 16 de Julho
(dia do vinho e da vinha)

09:00H – Torneio de tiro ao prato Inter-freguesias

10:00H – Taça Nacional de Triatlo “Alijó – Revidouro 2005”

11:00H – Reabertura da Feira

12:00H – Desfile de Zés Pereiras

15:00H – Mostra de Folclore com a presença dos Ranchos:
- Rancho Folclórico de Pevidém – Guimarães

- Rancho Folclórico da Areosa – Viana do Castelo

- Rancho Folclórico “ Os Campinos” – Vila Chã de Ourique

- Grupo de Pauliteiros de Duas Igrejas – Miranda do Douro

- Rancho Folclórico de Sanfins do Douro
Local: Anfiteatro das Piscinas Municipais

15:30H – Festa Aérea no aeródromo Municipal da Chã

16:00H - Reabertura do Espaço de Prova de Vinhos orientada por um escanção.

19:00H – Concerto por uma Banda de Música
Local: Recinto da Feira

21:00H – Animação de rua pelo Filandorra – Teatro do Nordeste

21:30H – Actuação de um Grupo “Pré-datados”
Local: Palco montado no recinto da feira

23:00H – Actuação do cantor “Rui Veloso”

01:00H – Espectáculo de Fogo de Artifício

Domingo, 17 de Julho
(dia das tradições)

9:00H – Prova de Ateletismo – Etapa do Circuito Nacional de Montanha 12 Km – “Alijó Revidouro 2005”

9:30H – Passeio Equestre Internacional “Alijó Revidouro 2005

10:00H – Reabertura da Feira

10:00H – Desfile de Bandas de Música e Zés Pereiras

15:00H – Cortejo Etnográfico com a representação das Freguesias do Concelho

17:00H – Grandioso leilão dos cestos do Cortejo, com produtos regionais

19:00H – Encerramento de Certame

Freguesia em destaque - Linhares (Carrapatosa)


capela de Sta Luzia (Carrapatosa)


Carrapatosa é uma aldeia anexa de Linhares metida entre rochas e sobreiros, com cerca de 20 habitações e próximo dos trinta habitantes. Tem a Capela Santa Luzia à volta da qual cresceu a povoação. A Capela está bem arranjada, enquadrada no povoado, com um fontanário defronte, num pequeno largo que mal dá para um carro fazer inversão de marcha, depois de entrar e descer a rua principal da aldeia.

Ciganos muito mais assíduos na primária

Aumento de 55% para 75% dos que acabam 1.ºciclo tem a ver com rendimento mínimo.
A integração na escola é o primeiro passo para uma integração social.

ponte de Linhares Posted by Picasa

09 julho 2005

Prémios aos melhores alunos é uma prática injusta na escola pública

Mais uma vez os melhores alunos do Agrupamento de Escolas de Carrazeda, com excepção do 1.º Ciclo, foram premiados. Não nos parece esta uma prática justa pelas razões que já aqui expusemos e que citamos na sua parte:

"Esta lógica de atribuir prémios ao melhor desempenho académico é cruel, injusta e castradora de sucesso educativo.
Todos conhecerão casos de alunos que para obter um rendimento suficiente têm de muito se esforçar e outros que com maior facilidade atingem o excelente.
Também pacífica é a regra de que alunos oriundos de estratos sociais médios a elevados têm propensão a um melhor desempenho. A ideia romântica do aluno inteligente de fracos recursos que precisa de ser incentivado tem-se diluído na emergência do estado providência e na necessidade de diversificar e implementar apoios educativos. Assim sendo, o resultado esperado será invertido: fomenta-se o desânimo e favorece-se a emergência de novas desigualdades entre os alunos.

O critério de incentivar o aproveitamento, mostrando a cenoura ou o pau são práticas fora de contexto. A prática pedagógica é mais complexa e fundamenta-se na exigência, rigor e trabalho de alunos, professores e gestores, contratualiza-se no projecto educativo e no intercâmbio com todos os agentes que intervêm no processo educativo, do qual destacamos a relação dos pais ou encarregados de educação com a escola.
Para a recolha do pecúlio para o financiamento destas recompensas escolásticas recorre-se primordialmente aos subsídios municipais e mais raramente ao mecenato privado. São na sua maioria dinheiros públicos canalizados para alunos com boas condições económicas que continuarão a beneficiar do sistema mais tarde, pois são os que privilegiadamente ingressam nas universidades públicas.

Os prémios escolares, tais como os quadros de honra há um tempo ainda recente, são práticas conservadoras, elitistas e selectivas que não deveriam ter lugar no interior da escola pública e enquadram-se no aspecto dominante da lógica de mercado que são os da competição e da concorrência, desvirtuando-se assim os princípios educacionais consagrados na constituição - a “democratização da educação”, “a igualdade de oportunidades” e “a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais”. A atribuição dos prémios escolares também põe em causa a tese liberal, que pretendia a emancipação social e a igualdade através da escola.

Globalmente a maioria dos pedagogos que advogam a escola moderna repudiam a atribuição pelas instituições de prémios escolares, valorizando a preocupação com o atendimento das diferenças e da provisão equitativa e individualizada da educação. Estas práticas apontam o caminho da lei irracional ou da selva onde há sempre vencedores e vencidos e estes últimos são quase sempre aqueles que a escola recebe em posições subordinadas. Desta maneira se perverte o verdadeiro sentido da educação que aponta caminhos para a instrução, a solidariedade e a vivência social."

Não seria altura de proceder a uma avaliação desta prática, de modos a responder às seguintes perguntas.
Não serão sempre os mesmos os premiados?
Serão estes os alunos que mais merecem recompensa?
Não haverá outros que mostraram mais empenho e não o conseguiram?
Estaremos a premiar alunos que mais condições usufruem e como tal são também os que mais passeiam?
Esta prática tem atingido os objectivos que se propõe?
...

06 julho 2005


casa brasonada em Linhares

Pensar dos leitores

Na minha penúltima participação no Blog, referia-me à Assembleia Municipal fazendo críticas, de forma nada lisonjeira.
Propunha-me também comparecer na reunião que acabou por ter lugar no dia 29 de Junho. Sugeria ainda aos meus colegas da Assembleia que vissem o filme “A Revolta das Galinhas”.
Pelo que aconteceu, tenho a sensação que o. Presidente da Junta de Freguesia de Linhares. Sr. João Rodrigues, terá aceite a sugestão de ver o filme.
Não é que, ao tomar a palavra, no início da sessão, lhe deu para “desancar” com críticas o Sr. Presidente da Câmara!?
Foi tal a “malha”que, estou certo que este, lá longe, terá sentido as orelhas a arder.
De facto o nosso Presidente de Câmara não precisou de justificar a sua ausência a esta reunião de Assembleia. Soube que terá aceite a boleia e se terá deslocado a Lisboa a acompanhar os nossos mancebos desempregados, que iriam participar numa acção partidária da Juventude Social Democrática.
Foi por conseguinte pena que não tenha havido uma resposta do próprio às crítica que o seu colega de partido lhe fez na Assembleia. Efectivamente com a “Zanga das Comadres” tudo vem ao de cima e teria sido mais ético, dirão alguns, ver lavar “roupa suja” dos dois lados da contenda.
Acusado de nada ter feito e só se preocupar em “encher o olho”, o nosso Presidente foi mimado de incompetente, demagogo, artificial. Depois nem a Assembleia escapou sendo acusada de nada fazer. Na defesa da “honra do convento” levantou-se o Sr. Professor José Luís Correia, preocupado em desvalorizar os estragos que tinham sido provocados. Acusou o crítico de, falta de credibilidade, de falta de frontalidade e de só agora ter coragem de fazer críticas.
Sentado no meu lugar, limitei-me a gozar o panorama. Mas ao ver tanta incoerência e demagogia senti tristeza pois reconheço que a culpa de tudo isto não é dos intervenientes mas sim de quem os lá põe.
Agora fico curioso para ler o que vai ser transcrito na acta da reunião. Mas, para brincar com a “fantochada” era interessante requerer a transcrição da cassete que regista o que acontece, nas reuniões. Estou convencido de que teríamos uma “ Top Mais” para ouvir este Verão.

Hélder de Carvalho

Condecorações...

05 julho 2005

Candidatos... e férias...

Mal-estar de empresários agrícolas com incêndios em Carrazeda

Em conversa com empresários agrícolas de Carrazeda grassa um profundo mal-estar com as consequências dos incêndios agrícolas e os previsíveis prejuízos que podem ter de lhe ser retirada muita água de apoio às suas explorações de regadio que abundam no concelho.
Os meios aéreos utilizados no combate, à primeira vista, sem qualquer plano pré-estabelecido, utiliza as "charcas" de apoio à rega das explorações de fruticultura, delas retirando milhares de litros de água, essenciais á campanha agrícola em curso.
Acresce o facto de este ser um ano de seca e em que a pouca retenção de água no solo, obriga a uma utilização das águas retidas em albufeira de forma cuidada, organizada e perfeitamente planeada. Desde o início do ano, muitos agricultores têm feito fortes investimentos na bombagem e transladação de água de ribeiros e outros locais de modo a concentrá-la nas suas albufeiras e agora vêem-se privadas dela por causa do combate aos incêndios. Estas explorações agrícolas organizadas pagam por muitos proprietários não limparem os seus terrenos e os matos propiciando que haja grandes fogos florestais que ocorrem de maneira incontrolada, pagando assim o "justo pelo pecador". Alguns agricultores não entendem porque é que em incêndios junto do vale do Douro, não recorram os meios aéreos à água do rio em detrimento das suas barragens.
Os agricultores vêem-se de "mãos atadas" para fazer frente a este problema, pois em caso de calamidade pública, que é o caso dos incêndios, compreendem a utilização de todos os meios para o combate, só que esperavam a compreensão das entidades correspondentes. Por outro lado, prevêem já alguns prejuízos e desconhecem quem os indemnizará.
Alguns estudam até formas organizadas de manifestar a sua revolta.

04 julho 2005

Uma tragédia que faz doer a alma

"Um incêndio arruinou dezenas de hectares de floresta, vinhas, olivais e hortas, no concelho de Carrazeda de Ansiães.

Ficou tudo reduzido a cinzas, diz o presidente da câmara.
Desde sexta-feira até domingo à tarde, que as chamas varreram tudo de Carrapatosa, passando por Linhares, até Marzagão.
Segundo Eugénio de Castro, mais de uma centena de hectares de várias culturas desapareceram com o fogo.
Só uma intervenção decisiva dos bombeiros evitou outras tragédias.
O autarca diz que os prejuízos são incalculáveis, mas que ainda assim, vão tentar fazer um levantamento dos estragos.
A câmara procurará dar uma pequena ajuda ás dezenas de pequenos agricultores afectados, mas vai ser pedido um apoio ao governo através do governador civil.
Porque há gente que ficou com parte da vida em cinzas.
O governador civil de Bragança deverá ser contactado esta segunda-feira pelo autarca de Carrazeda de Ansiães."

Notícia RBA

03 julho 2005

Autárquicas

"Estão apresentados todos os candidatos da CDU ás 12 câmaras e assembleias municipais do distrito de Bragança.

Pela primeira vez a Coligação deu a conhecer num só pacote todos os nomes para a próxima batalha autárquica.

A maior surpresa é a candidatura do líder distrital, José Brinquete à câmara de Macedo de Cavaleiros.
A Alfândega da Fé concorre Maria Beatriz Lopes, José Castro a Bragança e Manuel Madureira a Carrazeda de Ansiães.
Em Freixo de Espada à Cinta a candidata é Isaura Costa.
Em Mirandela Marcelino Vasques, em Miranda do Douro Maria Glória de Jesus e Augusto Barbosa em Moncorvo.
Dá a cara em Mogadouro Manuel Maria Ferreira, em Vimioso António Fernandes, Fernando Prudêncio em Vila Flor e Manuel Rodrigues em Vinhais.
A CDU espera reforçar o número de votos e eleger mais gente nas assembleias municipais, porque, diz José Brinquete, sem eles é uma pasmaceira."

Notícia RBA

à descoberta da nossa terra: lenda da Sra. da Paixão

igreja da Sra da Paixão

Conta-se que há muitos muitos anos morava nessa ermida um frade solitário que todos os dias se deslocava a uma considerada distância para se abastecer de água.
Num desse dias de regresso a casa com a cântara que transportava numa das mãos iniciou a subida do escadario e depois de transpor o portão, saiu-lhe de uma das plantas (de alecrim) que ali ainda se encontrava, uma enorme serpente, que lhe fez passar por um grande susto.
Este depois de refeito do mesmo disse-lhe:
- "Vai com Deus."
Em seguida a serpente respondeu:
- Para Deus quero seguir, mas preciso da tua ajuda.
O frade respondeu-lhe:
- O que devo fazer para te ajudar?
- Vais à aldeia (Arnal) dizes ao António Ventura, que mande dizer duas missas à Senhora da Paixão, que pelo mal que me fez, eu lhe perdoarei.
O frade apressou-se a cumprir a promessa. Ditas as missas, nunca mais lhe apareceu a dita serpente entrando no Reino de Deus, quem por amor se tinha perdido.
Daí para o futuro o Santo do frade, dormiu com a tranquilidade de quem tinha tido a aventura de introduzir uma alma penada no Céu.


Contada por Manuel Costa, 87 anos.
Arnal freguesia de Linhares

casa do frade

pelourinho de Linhares Posted by Picasa

02 julho 2005

Autárquicas

Partidos acordam eleições autárquicas a 9 de Outubro.
Ainda sem ser oficial, tudo leva a crer que será esta a data.
Assim, a campanha eleitoral deverá arrancar a 27 de Setembro.

Luzelos quer pertencer a Carrazeda

"Os cerca de 160 residentes querem deixar de pertencer a Marzagão
Luzelos pode mesmo mudar de freguesia

Os habitantes da aldeia de Luzelos vivem praticamente no perímetro urbano da sede de concelho, Carrazeda de Ansiães, mas são obrigados a deslocar-se quase seis quilómetros para irem votar ou tratar de assuntos na sua freguesia.

Os cerca de 160 residentes querem deixar de pertencer à freguesia de Marzagão e serem integrados na freguesia de Carrazeda de Ansiães, uma aspiração antiga agora levada à Assembleia da República pelo deputado eleito pelo Distrito de Bragança, o social-democrata Adão Silva. O parlamentar entregou quinta-feira um projecto-lei para alteração dos limites territoriais daquelas duas freguesias transmontanas, propondo a integração dos menos de três quilómetros de território da aldeia de Luzelos na freguesia de Carrazeda de Ansiães.
Segundo o presidente da Câmara de Carrazeda, a redefinição dos limites das freguesias “é consensual e de todo o interesse para os cidadãos”, que são obrigados a atravessar a vila e a fazerem quase seis quilómetros para se deslocarem a Marzagão. A proximidade e o contínuo urbano entre Luzelos e Carrazeda de Ansiães é um dos fundamentos invocados pelo deputado no projecto-lei em que realça a facilidade com que os habitantes da aldeia se deslocam à sede de concelho, inclusive a pé.

Transtornos actuais
“A actual situação traduz-se em incómodos e transtornos com particular incidência nas populações jovens e mais idosas e também naquelas que não dispõem de meio de transporte particular, atendendo ao facto de, entre Luzelos e Marzagão, não existirem transportes públicos”, refere o documento."

Notícia PJ

Mais música medieval.

"Carrazeda de Ansiães volta a animar-se com música medieval.

O Festival já vai na quarta edição e a câmara de Carrazeda continua a apostar nesta iniciativa por entender que vai ao encontro das pretensões da população.
Além disso, trata-se de um evento inédito em todo o norte do país que a vila quer preservar.
Olímpia Candeias, vice-presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães.
O público pode esperar música trovadoresca e da idade média.
O mais importante não é a letra, porque acaba por ser um português arcaico, mas sim os sons em ambiente eclesiástico.
Este sábado, a igreja de Fontelonga é palco para receber “La Batalla”.
No domingo, “Introitus” actuam no templo de Mazagão.
No próximo fim-de-semana, o grupo “Sinfonye” vai estar a dar música na Igreja de Pinhal do Norte.

O festival da música medieval de Carrazeda encerra com os Galandum Galundaina, no centro cívico da vila."

Fonte RBA

Bons exemplos

"Em breve Vila Flor pode tornar-se no primeiro concelho do distrito de Bragança a estar completamente ordenado em termos cinegéticos.

Uma situação que contrasta com a realidade de há 3 anos atrás, em que apenas 7% daquele território estava ordenado.

Estão já aprovadas sete zonas de caça, associativas, turísticas e municipais e outras três estão na calha.
Rui Calvo da Federação de Caçadores da 1ª Região Cinegética, entidade que está a elaborar o ordenamento do concelho, diz que são várias as vantagens que Vila Flor vai ter.
Desde logo a caça terá normas que beneficiam caçadores e aumentaram os efectivos cinegéticos, para além dos benefícios turísticos.

O ordenamento pode ainda permitir a realização de mostras organizadas de caça."


Fonte RBA

01 julho 2005

Comentários

Provisoriamente mudámos a forma de inserir comentários. Isto para que terminem os anónimos. Basta fazer uma inscrição e atribuir um nome ao comentador, que até pode ser pseudónimo. Veremos se resulta.
Consideramos a participação muito importante e até vital para a se justificar o blogue.

A solução para a crise

Em tempos de crise económica, os governos vêm anunciar os seus “pacotes” de medidas para combaterem o deficit. O deficit é a modos de um “monstro”, qual “bruxa das sete saias” ou o “homem do saco” para assustar as criancinhas. Desde que D. Afonso Henriques fundou a nação que se gastou mais que a riqueza produzida. O nosso país fraco em recursos nunca conseguiu atender satisfatoriamente às necessidades dos autóctones. As soluções foram quase sempre encontradas fora do país. Pouco mais de dois séculos após a independência, os portugueses tiveram de usar de vários artifícios para sobreviverem. Primeiro, as guerras com os árabes e as pilhagens efectuadas alimentaram as necessidades e as mordomias, seguiram-se as incursões ao norte de África, a colonização das ilhas descobertas, a pimenta da Índia, o ouro do Brasil, a colonização africana o recurso à emigração e, por último e mais recentemente os fundos comunitários. Parece que a única excepção ocorreu no tempo de Salazar, em que se equilibraram as finanças públicas, o dinheiro gasto era contado até ao tostão. Não admira que este período tivesse correspondido à época de maior atraso da nação.
Sem o recurso ao exterior não conseguimos mais do que miséria. Poder-se-á concluir que as coisas não estão muito más, enquanto o deficit persistir! Este espevitará o engenho português de modo a se encontrarem novas soluções de sobrevivência.
Desde os primórdios, todos conhecem as soluções para a crise, mas assobia-se para o ar fazendo de conta que não. Os desequilíbrios nas finanças públicas são fruto das asneiras de governantes impreparados e pelas quais, terminada a sua função, não são responsabilizados. São consequência do desperdício, da evasão fiscal, da multiplicação dos privilegiados que se alimentam das tetas da “porca” pública, da falta de iniciativa individual, do nosso atavismo ancestral.
O deficit tem servido aos nossos governantes para justificar um conjunto de medidas cujo objectivo é o de nos irem ao bolso. Esta estratégia nem é nova. Desde sempre aconteceu. Os fracos políticos, ao longo da história, mostram sempre uma grande coragem atacando os mais fracos e poupando os privilegiados.
É tempo de novas ideias, quiçá uma nova incursão para além das fronteiras, um novo artifício. As alternativas são poucas e uma delas seria a integração na grande Ibéria.